
Em meio ao confortável inferno, e visando suas possíveis possibilidades de algum motivo menos formalístico, viu-se, deparado com algum tipo de mágica. Não aquelas que fazem a multidão, enfurecida, e, quase sempre, desmotivada, barulhar aclamadamente. Não. Não essa.
Dessa vez, algo...
Uma doce brisa, gélida, como quando passeamos pelas trevorosas barreiras do pensar existencial. Como quando o querer, torna-se uma barreira intranspassável. Sólida. Como as belas e delicadas cores, do rosto decomposto do palhaço. Símbolo. Um inusitado conto grotesco. Algum controle sutil, fútil, da pobre mente humana. Um caminhar prazeirosamente pacífico por entre os mortos.
_ Simplório, meu caro ? - cínico, o mensageiro -
_ Possivelmente !
_ E o que esperas, afinal?
_ humm... nada?
_ Ainda, assim, surpreso.!?
_ Possivelmente.
_ O nascimento, inesperado, do falecer.
_ Mas...estamos vivos?
_ Quem o sabes ? Ademais, o que isso importa.
E, adiante, ardências oculares se seguiam...Cores mesclando formas...
Que, refletidas no chão de água, revelava-nos, nossa minúscula grandeza. A não certeza do drama à afeição; o nobre ao tolo; o controle do cuidar, o controlar do qerer...ser.
Ser? O que? . Melhores? Em que?
Ainda, assim, esperamos. Queremos. Planejamos. Envaidecemos. Escrevemos... cantamos, nossas singularidades. Boçalidades.
Formas mesclando cores...o chão água...
_ O mais importante, - sorrindo, o mensageiro - meu impertinente pedaço de carne fétida, é que ninguém se importa.
_ Nem eu! Nem você! - sorrindo, ao mensageiro -
_ Um cigarro?
_ Por favor!
_ Agradecido. - gargalhando, o mensageiro -
Ah!, o mundo sempre foi, um circo, afinal. Onde todos representam o bem e o mal. Onde a farça, de um palhaço, é natural.
Alguém. que não sei quem.