2.1.10



Em meio ao confortável inferno, e visando suas possíveis possibilidades de algum motivo menos formalístico, viu-se, deparado com algum tipo de mágica. Não aquelas que fazem a multidão, enfurecida, e, quase sempre, desmotivada, barulhar aclamadamente. Não. Não essa.

Dessa vez, algo...

Uma doce brisa, gélida, como quando passeamos pelas trevorosas barreiras do pensar existencial. Como quando o querer, torna-se uma barreira intranspassável. Sólida. Como as belas e delicadas cores, do rosto decomposto do palhaço. Símbolo. Um inusitado conto grotesco. Algum controle sutil, fútil, da pobre mente humana. Um caminhar prazeirosamente pacífico por entre os mortos.



_ Simplório, meu caro ? - cínico, o mensageiro -



_ Possivelmente !


_ E o que esperas, afinal?


_ humm... nada?


_ Ainda, assim, surpreso.!?



_ Possivelmente.



_ O nascimento, inesperado, do falecer.



_ Mas...estamos vivos?


_ Quem o sabes ? Ademais, o que isso importa.


E, adiante, ardências oculares se seguiam...Cores mesclando formas...

Que, refletidas no chão de água, revelava-nos, nossa minúscula grandeza. A não certeza do drama à afeição; o nobre ao tolo; o controle do cuidar, o controlar do qerer...ser.

Ser? O que? . Melhores? Em que?

Ainda, assim, esperamos. Queremos. Planejamos. Envaidecemos. Escrevemos... cantamos, nossas singularidades. Boçalidades.

Formas mesclando cores...o chão água...


_ O mais importante, - sorrindo, o mensageiro - meu impertinente pedaço de carne fétida, é que ninguém se importa.


_ Nem eu! Nem você! - sorrindo, ao mensageiro -


_ Um cigarro?


_ Por favor!


_ Agradecido. - gargalhando, o mensageiro -



Ah!, o mundo sempre foi, um circo, afinal. Onde todos representam o bem e o mal. Onde a farça, de um palhaço, é natural.
Alguém. que não sei quem.



2 comentários:

Anônimo disse...

never forget the breeze...

Anônimo disse...

...because i didn't.