Madrugada.
Cigarros e Absinto o acompanham...
Cachorros latem, na procura de algum salvar.
Motocicletas rasgam, mórbidas, o silêncio .
Alguns cadáveres transitam, vazios, rumo ao nada.
A chuva, junto a brisa, libera o elixir bueral. Desperta; o desejo, pelo mergulho no rio fecal.
Não há sirenes que anunciam o desgarrar terreno, apenas a saborosa tentação de um porre de sangue.
Os anjos não visitam mais e, quando vem, se pussuem.
Sorrisos.
Olhos perdidos, encontrados, em meio a lama.
Murmúrios dos que vendem fácil, o que antes não existia valor.
O girar do tambor estimula a ressurreição. Faz da solidão, a melhor das virtudes! E do ódio, o melhor dos amores...
Uma linda tela em aquarela...
A madrugada segue...
A vitrola mental, xia, King e Hendrix...
Blues...sem piedades !