19.2.10


Apesar de carismaticamente falsária, festividades ! Um pequenino pedaço astral. Como sempre nada, de novo. Nada de novo. Apenas a demora do fim. A rápida aproximação do sol. O não estar, e procurar, encontrando a loucura do pensar, do criar...sentir. Se bebe, se come, se lambe, se sua, se frita, se fuma. Um suicídio em massa!

Transitando por entre os corpos vazios, com um copo cheio de algum líquido desastrosamente perfeito, viu-se, ao longe, o mensageiro. Com novidades diretamente do ralo submundano.

_ E onde estavas tu, por todo esse tempo? - perguntou, indignadamente supreso, ao mensageiro -

_ E onde acha que eu estava ?

_ Humm...

_ Belo encontro não! O desalmamento !

E, após alguns soborosos tragos no líquido desastrosamente perfeito, sentiu o inevitável desejo do existir. O desejo mortal da aprofundação. A inconsequente morte da consciência.
Partiu, mais uma vez, ao profundo do inferno, tão próximo, e aconchegantemente necessário.