
Atravessou, lentamanete, por entre carros, que o desejavam como um Corvo à carniça. Passavam aceleradamente desesperados, como um fim próximo e invisível. Olhou para o céu, na esperança de um desses carros -corvos-desesperados, o partirem ao meio. Como uma faca, quente, na manteiga.
Ao refletir-se na vastidão negra, entre pontos borrados, e levemente luminosos, sua ideia de tentativa do abraço, ao vasto nada, falhara. Sentiu a encardida alma, sair, vagarosa e friamente.
Seu corpo, já opaco, tremia. como tremem os girassóis, ao sentir a brisa matinal.
Ouvia-se saltos, afiados.
_ E agora, o quê ?? Peste !? - efusivo, o mensageiro -
_ É como se a lua pudesse sorrir...na verdade...
_ Cale suas asneiras, Traste.!